A percepção da violência em muito tem a ver com a maneira que se verifica os agentes que interagem com tal violência e, pensando nesse contexto é interessante até mesmo verificar o conceito de violência por si que, para Minayo e Souza (1998) apud Coelho et Al.(2014) é “Qualquer ação intencional, perpetrada por indivíduo, grupo, instituição, classes ou nações dirigida a outrem, que cause prejuízos, danos físicos, sociais, psicológicos e (ou) espirituais.”, enquanto para SANTOS (1996) apud Coelho et Al. (2014) “a violência configura-se como um dispositivo de controle aberto e contínuo, ou seja, a relação social caracterizada pelo uso real ou virtual da coerção, que impede o reconhecimento do outro, pessoa, classe, gênero ou raça, mediante o uso da força ou da coerção, provocando algum tipo de dano, configurando o oposto das possibilidades da sociedade democrática contemporânea.”
Ao compreender o conceito de violência há necessidade de se conhecer o contexto em que esta violência está presente. Para isso, muitas são as maneiras de verificar o que é a violência ao se compreender que os autores de tais atos de violência são sujeitos diversos e que o contexto em que a violência está circunscrita também é diverso. Ora, pode-se utilizar aqui exemplos diversos (Coletados do Núcleo de estudos de violência da USP, disponível em http://www.nevusp.org/downloads/down263b.pdf) ou ainda as definições de violência para um determinado grupo social como a violência à mulher, criança ou ao idoso que não são perceptíveis amiúde mas são reais e mais intensas talvez do que a percepção da violência na sociedade em geral.
Há de se pensar a partir dessas definições que a violência não é percebida por todas as pessoas de maneira similar, tampouco por certos grupos sociais. Aqui pode-se exemplificar o que é o Bullying pois para parte da sociedade é um conjunto de situações que expõem o indivíduo ao ridículo de maneira que isto caracteriza-se violência psicológica e (muitas vezes) física; enquanto parte da sociedade já considera que o Bullying faz parte do crescimento e amadurecimento humano no que deve ser verificado contra os excessos mas este deve existir de maneira a preparar o indivíduo para a vida adulta e suas mazelas. Não há resposta correta e perfeita para a percepção, vez que esta é subjetiva e inerente à maneira que cada indivíduo efetua a leitura do mundo ao seu redor e, por conseguinte, há diferenças que, segundo a moral todo indivíduo tem o direito a fazer ou deixar de fazer algo sem coerção, desde que este não cause prejuízo ao próximo e. quando se infringe tal preceito (o que permeia o exagero, independente da percepção e senso comum) deve ser julgado pela Lei.
Fontes:
COELHO, Elza Berger Salema et al. (org.). Violência: definições e tipologias [recurso eletrônico]. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2014. (Consultado em 20/03/2018, disponível em: https://goo.gl/UeoRqc)
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