O processo de compreensão humana e suas perspectivas de desenvolvimento podem ser analisados de diversas maneiras, incluindo teorias filosóficas, biológicas e relacionadas às ciências humanas. Assim, alguns conceitos tornam-se centrais, formulados por autores como Skinner, Piaget, Vygotsky e Wallon por terem influenciado definitivamente a compreensão dos seres humanos em seus trabalhos durante o século XX.
A abordagem quanto ao funcionamento da psicologia humana tem relevância na área da educação por conta dos diversos paradigmas necessários à explicação do comportamento humano. Assim, o papel da cultura e sociedade tem influência direta nas funções e processos de estudos antropológicos envolvidos na relação entre psicologia e educação. Alguns dos mais influentes psicólogos modernos são Piaget, Vygotsky, e Wallon – entre outros, que contribuíram em um momento mais próximo ao início do século XX de modo teoria mais empírico, enquanto a partir do momento que houve a regulamentação teórica dos métodos e modelos científicos, inspirados por aqueles utilizados nas ciências naturais , enquanto posteriormente foram ampliados pelo uso do processamento artificial de informações.
Para Vygotsky , há redução dos processos do complexo psíquico e processos naturais em detrimento às características de comportamento desenvolvido, assim, para os atos e processos do comportamento natural torna-se necessária a distinção dos formatos e funções do comportamento instrumental ou artificial.
O uso de tecnologias torna o uso e controle de instrumentos catalizador de uma série de novas funções a serem desempenhadas pelo sujeito de modo a sobrescrever ou, em muitos casos, diminuir a utilização de processos naturais, fazendo-se uso de ferramentas em detrimento a tais processos.
O desenvolvimento é visto como o resultado de um processo artificial de grande escala em que a mediação dos instrumentos é principal. Vygotsky chama a este processo de “Mediação” e, através desta mediação entre artefatos e humanos a cognição relaciona-se com o ambiente social.
Educadores necessitam de modelos epistemológicos e psicológicos para distribuir adequadamente as representações necessárias à compreensão da sua área de estudo de modo a acessar ao funcionamento cognitivo dos estudantes. Tais modelos também ajudam a justificar a importância do que estão a ensinar. Eis a importância de uma entidade curricular adequada.
Na relação de ideias de Wallon e Vygotsky é possível estimar que afetividade e inteligência são interrelacionados, tornando-se fatores de desenvolvimento individual no processo de aprendizagem, favorecendo a interação entre sujeitos e objetos (aluno-escola).
Piaget e Wallon concentraram seus esforços de modo a descrever o desenvolvimento emocional e o papel das emoções estabelecendo a conexão entre educadores (pais/professores) e aprendizes (filho/alunos). A descrição teórica de Wallon é precedida de informação biográfica e uma apresentação de suas visões metodológicas, tornando-a única e influenciada por outros teóricos (Vygotsky, por exemplo) e é plenamente compatível com a visão atual sobre a natureza, desenvolvimento e crescimento infantil.
A despeito da tecnologia, um novo modelo vem sido apresentado, onde referenciais teóricos mais próximos à concepção de Piaget e Vygotsky têm prevalecido por conta das teorias ultrapassadas acerca das teorias pragmáticas sobre cognição. Para Piaget, a ação deve gerar produção de conhecimento, enquanto conhecimento é processado e utilizado pelo sujeito ao arguir utilitários transformadores de seu ambiente. Esta é a base do modelo de instrumentação psicológica em que os processos cognitivos presentes nos artefatos, progressivamente agregam valores instumentais à interação física e mental com o ambiente social.
Com estas dimensões (pragmática e de ferramentas) torna-se importante professores compreenderem cognição em contextos tecnológicos.
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