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Planejamento em sala de aula

Planejamento é o processo de previsão de necessidades e racionalização do uso dos meios e materiais para alcançar um objetivo que ocupa-se com os objetivos e metas, sendo assim, um processo contínuo e sistematizado de projetos e decisões para o futuro.

Também pode ser visto como um processo de reflexão sobre os desafios cotidianos levando em conta a  dinamicidade inerente à prática.

O planejamento, como processo contínuo possui etapas que iniciam-se com a proposta de elaboração e termina no início do processo seguinte, tal qual uma empresa que possui o início de um processo a partir do término de outro. Estas etapas iniciam-se no diagnóstico e prognóstico da situação, passando pela elaboração do(s) plano(s) e/ou Projetos decorrentes, incluindo-se o estabelecimento de cronogramas e de responsabilidades, até o acompanhamento, controle e avaliação da execução.

No processo de planejamento deve-se estabelecer o comparativo entre eficiência e eficácia de modo que a maneira de planejar tenha como resultado a integralização do propósito de direção que a organização deverá seguir, desenvolvendo técnicas para facilitar o trabalho de conduzir a organização na melhor direção.

O planejamento estratégico é um esforço consciente, disciplinado e perene cujo objetivo é produzir decisões que incidam sobremaneira na forma em que a organização busca os resultados pretendidos.

Nessa etapa do planejamento a tomada de decisões deverá ser realizada a partir de um julgamento avaliativo de dados e informações consolidados e analisados acerca da realidade global da instituição de ensino.

Quanto aos tipos de planejamentos educacionais é possível observar o planejamento participativo que preconiza a decisão coletiva do maior número possível de membros da comunidade educacional de modo que o processo vinculado à decisão da maioria seja adotado em benefício de tal comunidade.

O planejamento coletivo é parcialmente participativo, pois dirime algumas decisões tomadas pela administração da instituição de ensino enquanto permite a participação da comunidade escolar em outras decisões.

O planejamento educacional corresponde à interferência das políticas públicas na instituição escolar, permitindo a inserção desta instituição educacional em um contexto público quanto às questões de atendimento de demanda, gerenciamento de recursos e atendimento às exigências legais.

O planejamento curricular trata da tomada de decisões acerca da dinâmica escolar, sendo assim, um guideline acerca do cotidiano de orientação da educação, devidamente integrado à consecução dos objetivos do aluno e da escola.

O planejamento escolar é uma tarefa de previsão de atividades didáticas do docente que, de modo racional e objetivo adequa os objetivos propostos à dinamicidade do cotidiano e ao contexto social em que o processo de ensino está inserido.

O planejamento de ensino implica na atuação cotidiana dos educadores envolvendo as ações e situações e sua interação com os educandos.

O planejamento de aulas é a coordenação das atividades que ocorrerão durante o período letivo.

É possível observar que os planejamentos são concorrentes e interrelacionam-se de modo harmonioso, de modo que não há sobreposições mas uma complementação entre os tipos de planejamento.

Por consequência Plano é o registro sistemático do Planejamento ou de determinada parte dele. Neste sentido o plano pode possuir diversos âmbitos: Municipal, Estadual, Regional, Nacional ou ainda, da própria instituição, entre outros.

Todo o plano é efetuado para a atingir as diretrizes que objetivam, portanto, comparativamente o planejamento são metas que aglutinam-se em Planos, ou seja, objetivos. São outros exemplos de plano: O plano de curso, de disciplina, de ensino e o plano de aula.

Outros instrumentos que a entidade escolar pode utilizar é o Programa, que é um conjunto de planos e projetos de determinados órgãos ou setores, num período de tempo definido; O projeto, que é a etapa anterior à realização do plano; O projeto político-pedagógico, que é uma maneira mais abstrata da maneira que a escola deve guiar-se e, comparativamente alinha-se à Visão de um plano de negócios de uma empresa; O projeto educativo ou de ensino tem função de gerar indicadores à instituição de modo a transformar informação precedente de diferentes saberes disciplinares em conhecimento aplicável.

A articulação entre os níveis de planejamento nas diversas esferas administrativas (federal, estadual, municipal e local) influenciam diretamente o cotidiano do professor, contudo, não exclusivamente, vez que outros tipos de planejamento educacional podem participar do processo de planejamento em certas instâncias, portanto, o trabalho do professor está integrado ao planejamento político/administrativo maior.

A educação é uma ação política e constitui um poderoso fator de desenvolvimento da sociedade, portanto, necessita se planejada. São objetivos do planejamento educacional a relação do desenvolvimento do sistema educacional e o desenvolvimento da comunidade nos aspectos econômicos, político e cultural.

A educação profissional está inserida em um contexto de planejamento cujos elementos podem ser classificados de acordo com o grau de abrangência e complexidade: Sistema educacional, atividades da escola, currículo e didático ou de ensino.

O planejamento educacional é decisão do Estado, portanto, independentemente da esfera administrativa que se encontre é o governo que estabelece as metas para a educação do país. Tal planejamento é de responsabilidade do respectivo ente federado, conforme suas competências legais.

O Plano Nacional de Educação (PNE) é, em nível nacional, o item que define os outros planejamentos nacionais das diversas áreas e níveis educacionais. Geralmente é integralizado em forma de programas, como é o caso do PRONATEC e do PROUNI.

O PNE  é advindo da prerrogativa legal estabelecida pela Lei 9.394-1996 e pelo artigo 214 da Constituição Federal. Ainda estabelece a criação do Plano Estadual de Educação e do Plano Municipal de Educação.

No âmbito da instituição de ensino a visão macro que permeia os Planos das esferas governamentais permite que as instituições orientem-se por tais eixos mais gerais e definam de maneira democrática e participativa os planos Escolar, de desenvolvimento institucional, de curso, político-pedagógido (que deve ser anual ), didático e o plano de aula.

O plano escolar surge como exigência legal da Lei de Diretrizes e Bases, ao estabelecer que as normas relativas à elaboração e apresentação do plano necessário para a criação de uma instituição de ensino deverá ser estabelecida por cada Sistema de Ensino. É possível ainda encontrar o mesmo instrumento com nomenclaturas diferentes, contudo, a finalidade maior não varia.

Este documento gera normas e pressupõe  objetivos mais amplos que apenas burocráticos, tais como, construir a identidade da instituição, propiciar a qualidade das atividades acadêmicas, projetar e desenvolver o currículo de acordo com os preceitos legais e aspirações pertinentes às esferas administrativas.

O estabelecimento de ensino deve submeter o Plano de Cursos – de cada curso que ministra – à Secretaria de educação pertinente após aprovada a criação e autorizado o funcionamento e, uma vez que o(s) Plano(s) tenha(m) sido aprovado(s), o estabelecimento de ensino estabelecerá seu Projeto Político-pedagógico Anual e outros decorrentes.

O Plano de Desenvolvimento Institucional é um instrumento de caráter político, teórico e metodológico que norteará as ações educacionais da instituição em longo e médio prazo, de acordo com as concepções da Comissão Técnica de Avaliação Institucional do INEP.

São itens que devem estar contemplados no registro documental de um PDI: Missão, Visão, Metas, Políticas, Diretrizes, Ações e as fases de Implementação, Implantação e Acompanhamento , controle e avaliação.

O Plano de curso deve contemplar o conjunto de diretrizes organizacionais e operacionais, orientando a prática pedagógica do curso, a estrutura curricular, ementas e bibliografia, além do perfil do egresso e a infraestrutura necessária quanto ao desenvolvimento do curso, não obstante, deve obedecer à hierarquia das diretrizes curriculares das esferas administrativas. O plano de curso deve dialogar com o projeto pedagógico institucional de maneira a incorporar seus valores, deve ainda se pautar com o Plano de Desenvolvimento institucional.

O projeto político-pedagógico é, por natureza, político vez que as estratégias pedagógicas são incorporados a este através dos instrumentos diversos e complementares do Planejamento educacional. A visão política está implícita no ato pedagógico que, por natureza é socialmente transformador.

O Plano didático é o conjunto de temas inter-relacionados que formam o todo correspondente a um componente curricular (disciplinas ou atividades práticas) desenvolvidas em um curso. Este difere-se do Plano de curso por ser algo específico e bastante objetivo quanto à sua utilização, dirimindo pormenorizadamente o que se deseja dos alunos e as estratégias de ensino, recursos e estratégias de avaliação.

O Plano de aula, por fim, caracteriza-se pela previsão das atividades diárias de modo pormenorizado de modo a efetivar a proposta global da disciplina e do plano de curso.


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