Um jardim

Um dia, mais desditoso que outros. Mais normal que qualquer um. Menos pior que os mais malditos.

Saber querer, poder fazer querer poder, poder querer são constatações, realizações advindas de um profundo contentamento.

Qual vez foi a última? Se última, como foi e, não será? O ainda faz parte do porvir ou o outrora não mais é que a falta de possibilidades?

Muitas pessoas estão desiludidas, desesperadas até, mas a desesperança não é um estado passageiro? Não se deveria falar que se está em desesperança e não desesperado? Tal sensação é mais etérea, fugaz.

Não há desespero. Não há perenidade nas coisas humanas. Há empenho, vontade e acaso. Tudo que não é reversível é mutável, tudo que é mutável e controlável é tolerável, tudo que é tolerável não é absoluto. O absoluto não existe.


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